Era na famosa Quinta das Lágrimas, que Pedro e Inês se encontravam, sempre em segredo, de maneira a que nada perturbasse o seu amor. Da Quinta sai um cano estreito, hoje chamado "dos amores", que vai terminar a uma centena de metros do Convento. Seriam as águas que brotam da Fonte dos Amores para este cano que serviriam de transporte para as cartas de amor de Pedro para Inês. Diz a lenda que o príncipe as colocava em barquinhos de madeira que, seguindo a corrente, iriam até às mãos delicadas de Inês. Terá sido nas matas das Lágrimas que Inês foi assassinada pelos três validos de Afonso IV. Reza a lenda que esta se encontrava "posta em sossego", quando de repente se viu abordada pelos três homens, que a esfaquearam até à morte. Terão sido as lágrimas que Inês então chorou que fizeram nascer a Fonte das Lágrimas, onde o sangue que do seu corpo saiu ainda hoje está gravado na rocha, onde permanecerá para sempre.
Mal Pedro subiu ao trono, logo arranjou a morte dos assassinos de Inês, fazendo-o de uma forma cruel, arrancando os seus corações. Depois transladou o corpo da sua amada para Alcobaça. Já em Alcobaça diz-se que Inês foi coroada (Camões diz nos Lusíadas que Inês "depois de morta foi Rainha").
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